segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Identidade


Cores de lua na selva,
de céu na boca do mar,
de ouro na luz do dia,
branco de pão, de águas puras
e de cascata de orquídeas...

Cinza e preto de contrastes,
nas peles envernizadas.
Arco-íris de caminhos,
vozes de canto e oração.
Brancos, bronze, chocolate,
mãos brindando com café.

Pela fila de palmeiras,
nas redondezas do mar.
Pelo bando de pandorgas
na superfície do ar.
Pelo aroma e cor de chamas
da pitanga e da madeira.

Pela espuma da cerveja.
E a fruta do guaraná
– remédio e licor nativo
que tem valor de maná – .
Pela florzinha de ipê.

Nas impressões digitais
de pretos-brancos na areia.
Porque roço a pele da terra
em cada gesto ou passo,
eu sinto na alma e no corpoa certeza do Brasil.



Poema de Perpétua Flores lido e dedicado a mim no Programa "Dicho sea de paso" em 06/09/09.
Gracias por siempre, amíga.
Que Diós te bendiga!

Um comentário:

Eriem Ferrara disse...

E assim é o nosso Brasil tal qual retratado no poema de Perpétua Flores, contrastes que ora ofusca outra reluz, nuances espalhadas pela diversidade de povos e culturas a compor esse nosso Brasil. Belissimo poema!...Seu blog é show poeta Paulo Monti, tem conteudo e é muito bem estruturado. Prazer Eriem.